
Em evento fechado para executivos de mais de 30 casas de apostas, o Grupo Globo apresentou a inédita “Pesquisa Bets 2025”. Em parceria com a Offerwise, o estudo traça um panorama completo sobre o perfil, comportamentos e expectativas dos apostadores brasileiros no contexto pós-regulamentação. O levantamento, realizado com apostadores em diferentes regiões, traçou um mapeamento do mercado. Com esse panorama, o Grupo Globo buscou entender o cenário atual de apostas esportivas no Brasil, levando em conta a regulamentação vigente, para identificar oportunidades e desafios para as marcas e para a comunicação com diferentes perfis de público.
Perfil demográfico e socioeconômico dos apostadores
A pesquisa revela que a maioria dos apostadores está concentrada no Sudeste (48 %), seguida por Nordeste (23 %), Sul (18 %), Norte e Centro‑Oeste (6 % cada). Em relação à classe social, 45 % pertencem à classe C, 27 % à B, 9 % à A e 19 % às classes D/E, evidenciando uma forte presença da classe média no universo das apostas. Em termos de comportamento, 45 % são apostadores conservadores, 49 % moderados e apenas 6 % engajados, ilustrando um perfil majoritariamente cauteloso.

Percepção e motivações
Para 51 %, as apostas são visto como entretenimento; 19 % apontam como jogos de azar; 10 % como esporte; 10 % como renda complementar; e 9 % como uma forma de investimento, indicando que predominam motivações recreativas, mas com algumas nuances mais utilitárias.
Dentre os principais motivos para apostar: diversão (72 %), complemento de renda ou investimento (38 %), socialização com amigos (19 %), acompanhar esportes (18 %), testar conhecimentos esportivos (13 %) e fonte principal de renda (12 %)
Frequência e investimento
A frequência de apostas cresceu: heavy users (diários ou até cinco vezes por semana) subiram de 22% em 2024 para 32% em 2025; medium users (1–3 vezes por semana) caíram de 55% para 51% e light users (1–3 vezes por mês ou menos) caíram de 23% para 17%. O que sugere mais confiança e engajamento após a regulamentação.
Quanto ao investimento mensal, 63% apostam até R$ 100; 26 % entre R$101 e R$500; 7 % entre R$501 e R$1.000; e apenas 4% acima de R$1.001, reforçando que o perfil de risco é baixo e a democratização dos valores apostados.

Canais, métodos e preferência de mercados
O celular é a principal ferramenta de apostas, com o PIX sendo o método preferido: 78 % para depósito e 85 % para retirada.
Tipos de aposta mais comuns: simples (58%), múltipla (34%), dupla chance (30%), ao vivo (27%) e bet builder (17%) Quanto aos mercados: 76% diversificam, 12% decidem por ODDs, 8% apostam no time do coração, e 4% não sabem.
Preferências mais populares: vencedor da partida (45%), resultado final (42%), primeiro a marcar (20%), cartões (18%), escanteios (18%) e marcador durante o jogo (16%)
Para escolher uma casa de apostas, os principais atributos são: confiabilidade da marca, ambiente seguro e agilidade nos pagamentos
Motivações para abrir conta online: publicidade na TV (52%), licença no Brasil (47%), experiência de amigos (42%), e boas avaliações em sites especializados (41 %).
Fatores decisivos: agilidade no pagamento dos ganhos (59%), variedade de métodos de pagamento (57%), credibilidade (57%), homologação do Governo Federal (51%), melhores odds (46%), interface intuitiva (44%), variedade de campeonatos internacionais (42%) e presença na TV (29%)
Escolha das modalidades esportivas
Os critérios incluem: modalidade que gosta de assistir (43%), que conhece bem (36%), baseada em cotações (29%), melhor cotação (25%) e modalidade praticada pessoalmente (24%)
Modalidades favoritas: futebol masculino (76%), futebol feminino (31%), basquete (23%), vôlei (19%), poker (17%) e MMA (15%)
Campeonatos mais apostados: Brasileirão (77%), Copa do Brasil (61%), Libertadores (45%), Champions (40%), Copa do Mundo (38%), Copa América (34%) e Sul-Americana (33%)
Regulamentação e jogo responsável
A regulamentação no Brasil elevou o nível de segurança, transparência e responsabilidade no setor. A maioria dos apostadores vê isso com bons olhos: 79% acreditam que a regulamentação traz mais segurança; 76% julgam que apenas empresas confiáveis devem atuar;72 % se sentem mais motivados a apostar sabendo que a atividade é legal.
Aproximadamente 78 % consideram importante abordar os riscos e efeitos do vício nas apostas.
Na prática, 85% já deixaram de apostar ao perceber prejuízos; 83% tentam limitar frequência e valor mensal; mas 61% admitem já ter apostado na tentativa de recuperar perdas, um sinal de comportamento de risco.
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A "Pesquisa Bets 2025" mostrou que o mercado brasileiro de apostas esportivas está em expansão e amadurecimento. Mas a realidade de risco e práticas de recuperação de perdas exige atenção. Sugere ainda que marcas e plataformas devem focar em comunicação transparente, experiência de usuário intuitiva, responsabilidade e educação financeira para se destacar e fidelizar no mercado regulado brasileiro.
Fonte: Grupo Globo👇🏼