
Legenda: FairPlay financeiro CBF Foto Leonardo Lourenço
A CBF apresentou o Sistema de Sustentabilidade Financeira do Futebol Brasileiro, o novo Fair Play Financeiro, que passa a valer para clubes das Séries A e B a partir de 1º de janeiro de 2026. O objetivo é reduzir desequilíbrios, incentivar responsabilidade fiscal e evitar atrasos salariais, fatores que, na prática, afetam o desempenho dentro de campo e o comportamento dos apostadores.
Para quem aposta, entender essas regras ajuda a antecipar cenários de elencos mais enxutos, mudanças em contratações, punições esportivas e até momentos de instabilidade técnica.
A seguir, organizamos os principais pontos e como eles impactam o mercado esportivo e as apostas.
Principais regras do Fair Play Financeiro
1. Dívidas em atraso
Os clubes serão monitorados em três janelas anuais (março, julho e novembro). Atrasos salariais ou dívidas com outros clubes podem ser denunciados à ANRESF (Agência Nacional de Regulação e Sustentabilidade do Futebol) .
Impacto para apostadores: Times com problemas de pagamento frequentemente sofrem queda de rendimento, atrasos no BID e clima interno ruim, o que são sinais de alerta para apostas pré-jogo.
2. Equilíbrio operacional
Clubes precisam apresentar superávit ou usar aportes para cobrir déficits. Limites:
Série A: até R$ 30 milhões ou 2,5% das receitas
Série B: até R$ 10 milhões ou 2,5% das receitas
Impacto para apostadores: Clubes com déficits persistentes tendem a reduzir folha salarial, vender jogadores e perder profundidade de elenco.
3. Controle de custos do elenco
Haverá limite de gastos com elenco:
2028: 80% das receitas (A e B)
2029: 70% (Série A) e 80% (Série B)
Impacto para apostadores: Squads inflados tendem a acabar; contratações de nomes caros serão limitadas. Clubes terão de encontrar mais eficiência, o que torna possível analisar expectativas de mercado no início de temporada.
4. Regra de endividamento
A dívida líquida de curto prazo deverá ser inferior a 45% das receitas (pleno em 2030).
Impacto para apostadores: Endividamento alto pode gerar punições e afetar sequência de jogos, rotações e capacidade de contratar.
5. Eventos de insolvência
Clubes em recuperação judicial terão:
Folha salarial congelada
Restrições severas em janelas
Obrigação de reequilíbrio
Impacto para apostadores: Times em crise tendem a perder competitividade rapidamente.
6. Multipropriedade
Será proibido ter influência significativa sobre dois clubes da mesma competição.
Impacto para apostadores: Aumenta transparência e reduz suspeitas de conflitos de interesse, o que é importante para apostas de longo prazo.
Punições previstas
As consequências vão desde advertências até sanções esportivas:
Multas
Retenção de receitas
Transfer ban
Dedução de pontos
Rebaixamento
Cassação de licença
Impacto direto para apostas: times sob risco de punição podem entrar pressionados, perder estabilidade competitiva e sofrer mudanças na odd.
O que os apostadores devem observar
✔ Clubes que gastam acima do limite tendem a se ajustar rapidamente ✔ Dívidas e atrasos podem indicar queda de desempenho ✔ Elencos muito dependentes de aportes podem enfrentar instabilidade ✔ Punições administrativas podem alterar briga por vaga, rebaixamento e títulos



